- 13 de outubro de 2017
- Posted by: Charles Uhlmann
- Category: Suas Finanças
Segundo dados do SPC, 58,9 milhões de pessoas estão inadimplentes no Brasil. Um número bastante expressivo e que mostra duas coisas: primeiro, que existe uma grande dificuldade dos brasileiros em lidar com sua renda, e segundo, que a falta de saúde financeira é uma realidade.
Para auxiliar nessa dificuldade, separamos um apanhado sobre o assunto para que você entenda como ter uma relação melhor com a sua renda. Confira!
O que é saúde financeira?
Não podemos começar a oferecer dicas sobre saúde financeira sem antes apresentar uma boa definição do que ela é exatamente.
Sobretudo, ela significa ter total domínio do seu dinheiro. Tanto aquilo que se recebe quanto o que se gasta.
Assim como a saúde corporal, a financeira está ligada aos hábitos do dia a dia. Claro que a diferença é que enquanto uma lida com o corpo, a outra lida com o dinheiro.
Ter boas práticas para cuidar dos seus rendimentos está relacionado a ter uma boa educação financeira, e a coisa vai além de saber trabalhar com planilhas ou cálculos. É necessário uma mudança de comportamento.
Por que ela é importante?
Operar bem seus rendimentos não significa ter dinheiro para gastar como quiser. É uma forma de ter uma vida melhor e mais de acordo com os seus desejos.
A nossa sociedade foi desenvolvida com uma forte ligação com o dinheiro. Afinal, ele é o meio para materializar os nossos sonhos e objetivos. Com isso, o equilíbrio nessa área é fundamental para se obter harmonia e qualidade de vida.
3 situações comuns de uma vida financeira
Saiba que, em termos financeiros, um indivíduo pode atuar em três posições: poupador, equilibrado ou inadimplente.
Na primeira, apesar de ele ter dinheiro para poupar, ele está com parte de sua renda parada e precisa movimentá-la. Porém, o que geralmente acontece é que ele não sabe como investir ou no que aplicar.
Na segunda, há um equilíbrio nas contas, porém, provavelmente ele não consegue guardar dinheiro. É preciso criar estratégias para começar a poupá-lo.
E na última, a mais grave, ele perdeu o total controle de suas contas e está em uma situação em que precisa mudar urgentemente o seu comportamento com sua renda.
As 3 posições são bem distintas e, mesmo que, para muitos, as 2 primeiras sejam até um objetivo, elas indicam que o indivíduo, apesar de não ter dívidas, ainda não administra uma vida financeira saudável, pois uma parte do seu rendimento está parado ou é totalmente direcionado ao pagamento de contas.
Bem, agora que você entendeu o que é e o quanto a saúde financeira é importante, vamos apresentar algumas dicas de como ter uma boa relação com suas finanças. Continue!
Como manter uma vida financeira saudável?
1. Estabeleça metas e objetivos compatíveis
Ter metas ou objetivos é uma prática necessária, afinal, eles indicam um caminho a se trilhar para satisfazer nossos anseios.
Porém, por mais que a recomendação seja tê-los, reforçamos que é importante que eles, em um primeiro instante, não fujam da sua realidade, principalmente financeira.
Evidentemente, o otimismo é uma boa arma para lidar com as dificuldades, entretanto, é necessário ter os pés no chão.
Tanto que, na hora de definir as metas anuais, por exemplo, o indivíduo deve estar bem consciente de quais passos pode dar e, assim, evitar almejar uma posição a qual não tem condições de chegar. Por isso, suas metas devem estar compatíveis com sua renda.
Dito isso, vamos para a segunda dica.
2. Faça um diagnóstico financeiro
Mais do que uma ferramenta para indicar a possibilidade para os seus objetivos, o diagnóstico financeiro é uma forma de conhecer os seus hábitos.
Inclusive, essa prática é constantemente recomendada, pois é impossível começar a cuidar das suas finanças se você não souber como elas funcionam.
Aqui, o importante é ter tudo anotado: a renda total, os gastos fixos e variáveis, entre outras despesas.
Escreva tudo e depois faça uma reflexão de como você tem gastado o seu dinheiro. O bom dessa prática é que você poderá ver o que está consumindo e como pode diminuir ou até eliminar os seus gastos.
3. Encare as dívidas
Bem, se você está inadimplente, sabe que uma hora ou outra terá que encarar as suas contas. Um bom encorajamento é que os credores também querem que você resolva a sua situação.
Nessas circunstâncias, é hora de você pensar em possíveis acordos, tentar boas condições de pagamento e juros mais baratos para as suas dívidas, sempre procurando oportunidades que não prejudiquem o seu orçamento.
Aproveite essa situação para, além de resolver suas contas, também encarar as atitudes que o fazem obtê-las. Assim você evitará a repetição disso no futuro.
4. Poupe
Poupar pode ser um hábito complicado de se adquirir. Principalmente se você está acostumado a gastar todo o seu salário e chegar ao final do mês, mesmo que sem dívidas, sem qualquer reserva.
Mas destacamos que guardar um pouco de dinheiro é uma forma de se prevenir. O ideal é que pelo menos 20% do seu salário seja para a sua poupança e que esse dinheiro funcione como uma renda de emergência.
Uma dica para ajudá-lo a desenvolver essa prática é definir um destino específico, como uma viagem ou a compra de um bem. Assim, você cria o hábito e pode se acostumar a sempre guardar parte do seu salário.
5. Avalie os preços
Geralmente, quem tem uma vida financeira pouco saudável não tem o costume de analisar os preços dos produtos que adquire. Além disso, é bem comum que essa pessoa se deixe levar e empolgue-se nas compras sem prestar atenção ao quanto está pagando.
Por isso, é necessário se acostumar a garimpar os preços dos produtos. Se antes você sempre comprava no mesmo lugar, que tal começar a ir em outras lojas ou, até mesmo, usar outras marcas que trazem o mesmo resultado, mas por um preço diferente?
6. Faça planejamentos
Nós já comentamos sobre metas e sobre como é importante que elas sejam compatíveis com a sua renda. Entretanto, queremos deixar claro que, mais do que conciliáveis, é importante que elas sejam planejadas.
A ideia de se planejar é uma forma de se antecipar e avaliar um caminho possível para os seus objetivos. Planejando, você evita perder o foco e usa o seu dinheiro para coisas realmente importantes.
Você pode usar o diagnóstico financeiro lá do início para ter as informações dos seus gastos e, a partir daí, arquitetar os seus próximos passos.
Com essas dicas, você já pode começar a obter uma saúde financeira e uma relação melhor com a sua renda. Não deixe de compartilhar esse post nas suas redes sociais e ajude outras pessoas a melhorar suas finanças!
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