- 22 de outubro de 2017
- Posted by: Charles Uhlmann
- Category: Quitar dívidas
Estar endividado é uma situação que ninguém quer. Afinal, a tranquilidade de saber que suas finanças estão em dia e que sua renda é apenas para você é uma das melhores sensações. Porém, nem sempre é possível evitar as cobranças. E, em certos casos, são tantas que só resta uma alternativa: a renegociação.
Se você está com esse dilema financeiro, prepare-se! Separamos tudo o que precisa saber sobre renegociar dívida. Veja:
Como renegociar dívida?
A situação de quem recorre à renegociação é sempre muito preocupante. Geralmente, ele chegou a um ponto em que não é mais possível manter as parcelas e está com tantas dívidas que tudo virou uma bola de neve.
Realizar um acordo para saldar a dívida, a princípio, parece uma ideia complicada, mas para o consumidor é uma boa estratégia. Segundo o SPC, os descontos para quem escolhe esse caminho chegam a 22%. Se o devedor quitar à vista, pode ser de 69%.
O 1º passo
Antes de tudo, o consumidor precisa saber o quanto de renda dispõe e qual é o tamanho da dívida, ou seja, fazer o cálculo do montante com juros e taxas que fazem parte da despesa. Em relação aos juros, conhecer o valor deles separadamente ajuda na hora da renegociação.
Com todas as informações em mãos é hora de ir atrás do credor. Se não souber quem é o encarregado na instituição, o devedor precisa falar com a central de atendimento.
Ao encontrá-lo, o consumidor deve explicar a sua intenção de resolver a questão e contar a sua situação atual, isto é, que está com problemas para pagá-los e que quer saber quais são as alternativas que existem para o seu caso.
É muito importante a sinceridade a respeito do valor que pode disponibilizar para as parcelas e só aceitar uma proposta que possa honrar.
Como bancos costumam dar valores altos na 1ª alegação, apenas dividindo-os em parcelas de longo prazo, o consumidor acredita que vai pagar menos. Antes de dar a palavra final, é interessante analisar com calma se a proposta oferecida realmente é benéfica.
A seguir, vamos explicar sobre os direitos que você tem ao renegociar a sua dívida:
Quais são os direitos para quem renegocia dívida?
De fato, não há uma legislação específica para as renegociações. Com isso, algumas instituições financeiras acabam por adotar uma atitude mais abusiva. Ainda assim, o consumidor não precisa aceitar a 1ª proposta que é oferecida.
Ele tem o direito de ir na justiça para refazer o contrato se perceber que, durante o pagamento, as cobranças são sem fundamento. Inclusive, os bancos não podem te obrigar a aceitar determinados critérios sem levar em consideração a sua condição de pagar a dívida.
Além disso, a renegociação pode ser considerada como uma nova dívida e, assim, um novo contrato. Portanto, pode-se reformular quais são as obrigações e os direitos para os 2 lados.
Por essa razão, é importante registrar tudo no documento e definir bem as exigências. Esse contrato será muito útil na hipótese de irregularidades e caso seja necessário levar o caso para a justiça.
Também recomendamos pedir ajuda ao Procon em caso de dificuldades. O órgão possui um núcleo só para superendividados. No entanto, só funciona para aqueles que se encaixam no perfil e que estão inadimplentes.
Os demais devem arcar, do seu próprio bolso, um advogado para intermediar a renegociação.
O que não fazer na hora da renegociação?
Por mais bem-sucedida que a renegociação seja, ainda é possível que o consumidor tome algumas medidas erradas. Neste tópico, separamos alguns erros que devem ser evitados nesse momento. Entenda:
Não refazer o orçamento
A análise do orçamento precisa ser feita antes de entrar em contato com o credor. Aqui é o momento em que o consumidor saberá qual é a sua verdadeira condição financeira e em que definirá o que será cortado para não adquirir novas dívidas.
Ele deve colocar no papel seu rendimento líquido do mês, subtraindo impostos, benefícios e gastos fixos e supérfluos. O saldo final é a quantia que ele poderá desembolsar mensalmente para a dívida.
Esse diagnóstico será essencial, até mesmo para ditar quais serão as circunstâncias para a renegociação.
Não considerar as taxas embutidas na dívida
O consumidor, na ânsia de resolver o problema rápido, pode não ter tanta paciência para analisar todas as cláusulas do contrato ou mesmo não perguntar se haverá taxas nas novas parcelas.
Logo, ele só perceberá quando receber a cobrança e perceber que terá que arcar com uma despesa maior do que planejou.
Além das taxas, impostos e seguros são outras cobranças que fazem uma grande diferença no valor, e tudo isso está no famoso custo efetivo total (CET) do refinanciamento.
Na hora de realizar o planejamento da dívida, é preciso observar todos esses detalhes.
Não saber quais são as suas prioridades
Se há muitas dívidas, sabemos que as chances de extinguir todas de uma vez é impossível, ainda mais no caso de renegociação. O consumidor terá que definir quais são as prioritárias para o pagamento.
Nesse caso, as relacionadas a financiamentos de casa ou carro devem vir 1º, já que normalmente são os próprios bens que ficam como garantia.
Não se atentar aos prazos
Mesmo ao renegociar a dívida e conseguir desconto nos juros, o prazo de pagamento ainda é um grande fator no resultado da dívida.
Em muitos casos, é até disponibilizado tarifas mais baixa. Entretanto, o prazo é tão longo que o valor extrapola. Por isso, fique atento a esse detalhe para não sair perdendo ao conversar com o credor.
Fazer novas compras a prazo
O alívio por conseguir resolver um problema não pode significar fazer outro. Ainda mais se tratando de dívidas.
Se o consumidor já está em uma situação complicada com suas finanças, não é aconselhável que ele assuma outra dívida — mesmo que o seu nome não esteja mais no cadastro de proteção ao crédito por ter renegociado.
A prioridade é sempre honrar com seu compromisso e pagar esse débito. Guardar o máximo de dinheiro para resolver essa situação é sempre preferível.
Aceitar produtos para obter descontos
Uma estratégia das instituições é dizer ao consumidor que, para obter juros mais baixos, ele precisa contratar algum serviço. Nesse contexto, pode ser oferecido cartão de crédito, um seguro ou qualquer outro produto.
É importante que o cliente saiba que ele não é obrigado a aceitar e que isso é ilegal e é considerado venda casada (algo proibido pelo Código de Defesa do Consumidor).
Dicas para a renegociação
OK. Agora que você já sabe o que não se deve fazer, acompanhe algumas dicas que separamos para você se dar bem na hora de encontrar o credor. Entenda!
Peça descontos
Pedir desconto não é uma vergonha, principalmente em casos de pagamento à vista. Não se esqueça que, nessas situações, as chances de conseguir bons descontos é real. Então, não vacile em pedir.
Negocie a redução de juros
Mais do que negociar as parcelas, os juros são um fator importante e que podem ser negociados. Então, caso perceba uma oportunidade de reduzir os juros, não hesite em tentar.
Explique sua situação ao credor e veja com ele quais são as alternativas para reduzir os juros. Quanto mais oferecer à vista, melhores são as chances de obter menores juros.
Lembre-se de estar atento ao prazo para não pagar mais no valor total.
Mude o financiamento
Algumas instituições podem disponibilizar a opção de organizar várias dívidas em uma só. Ou seja, é feita uma nova dívida juntando os valores das antigas.
A principal vantagem dessa alternativa é que você fica apenas com um débito mensal e pode organizar melhor sua vida financeira. Então, analise se, no seu caso, essa não seria uma boa solução.
Faça um empréstimo com menores taxas
Uma alternativa muito interessante e que não depende diretamente de uma renegociação de dívidas, é fazer um empréstimo com menores taxas do que as que você tem atualmente. Duas modalidades muito interessantes e que se encaixam perfeitamente para esta situação são os empréstimos com garantia que envolvem automóvel ou imóvel. Você coloca algum desses bens como garantia e tem acesso às menores taxas do mercado além de possibilitar estender o prazo de sua dívida, reduzindo o valor das prestações.
Aqui na Quero Financiar somos especialistas em refinanciamento de veículos e refinanciamento de imóvel, também conhecidos como empréstimo com garantia. Desta forma, somos um facilitador para quem deseja renegociar as dívidas.
Pense na portabilidade
Aí está uma maneira de ter juros mais baratos e até diminuir as parcelas. Na portabilidade, você vai atrás de outra instituição com melhores condições para financiá-lo e assim poder quitar a sua dívida.
Em algumas não é preciso que você tenha uma conta-corrente. Considere essa opção se não conseguir um acordo melhor com seu banco.
Com essas dicas, você estará preparado para renegociar dívidas e conseguir um bom acordo. Agora deixe um comentário e conte para nós o que você achou deste post!
Deixe um comentário Cancelar resposta
Leia também:
-
Como fazer um empréstimo com a Caixa Econômica
19 de março de 2018 Read more -
Linha de crédito para MEI: quais são as opções disponíveis?
18 de julho de 2019 Read more -
Empréstimo para negativado: 4 passos para solicitar o seu
7 de março de 2019 Read more -
É possível fazer refinanciamento de veículo financiado?
O refinanciamento veicular é uma modalidade de empréstimo em que o solicitante oferece o seu veículo como garantia de pagamento. As taxas de juros praticadas nesta categoria são mais vantajosas e por isso os brasileiros vêm se interessando por ela, e é normal que uma dúvida surja nesta hora: será que é possível fazer refinanciamento
10 de janeiro de 2023 Read more