- 6 de outubro de 2017
- Posted by: Charles Uhlmann
- Category: Quitar dívidas
Se o controle financeiro é um hábito difícil para quem já tem certa experiência, imagine para quem está entrando na vida adulta? A busca pela educação financeira é essencial para quem deseja conquistar a sua independência.
Pois é, pode ser bastante complicado planejar a renda, organizar as despesas e ainda pensar no futuro, quando a sua principal experiência foi administrar a mesada.
Mas não tem jeito: a vida adulta chega para todos. Pensando nisso, nós separamos algumas dicas para você encarar a independência, tranquilamente. Descubra!
Por que a educação financeira é importante?
O brasileiro possui muitas qualidades, porém, definitivamente o cuidado com as finanças não é uma delas. Segundo pesquisa feita no final de 2016, pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 32,2% dos jovens brasileiros assumem que não sabem controlar suas despesas. Desses, 22% dizem que é porque não possuem esse costume.
Para especialistas, um dos motivos para esse comportamento é que muitos jovens não compreendem a sua nova realidade. Eles acham que mesmo morando sozinhos, será possível seguir os padrões que mantinham na casa dos pais.
Segundo outra pesquisa feita pelo IBGE, 49% das pessoas que moram sozinhas acreditam que possuem dívidas porque não têm com quem dividir as contas e 41% ficaram inadimplentes em um ano.
Números preocupantes e que só provam que, sem uma educação financeira, o começo da vida adulta pode ser bem mais difícil do que parece.
Como organizar as finanças?
O ponto principal para quem está iniciando a sua independência financeira ter em mente é que conhecimento é poder. Neste contexto, compreender bem seus rendimentos é o ponto de partida para começar a mudar os maus hábitos.
Contudo, há outras questões que devem ser levadas em conta. Confira algumas dicas para encarar essa fase:
1. Anote seus gastos
Essa é uma boa forma de começar. Anote todos os gastos que você faz. Todos? Sim, até aquele salgadinho que você comprou só para forrar o estômago.
Esse hábito, além de mostrar a você como o seu dinheiro é consumido, também é uma forma de manter a disciplina. Existem muitas maneiras de iniciar esse controle, você pode usar planilhas, escrever no seu celular ou em um caderno.
Comece anotando de um lado todos os gastos como contas e compras a prazo, entre outros. Do outro, anote o seu salário líquido. O ideal é que sempre o valor da primeira lista seja menor do que o da segunda.
2. Planeje suas finanças
Mais do que conhecer os seus rendimentos e gastos, você precisa usar o seu salário de forma eficiente.
O recomendado é que 70% dele seja para as despesas do mês, 20% para a reserva e os 10% restantes para atividades de lazer.
Nesse caso, para as despesas do mês, você precisa ter a consciência de que algumas contas são regulares e que também há os imprevistos.
Gastos fixos como o IPTU, IPVA, parcelas da faculdade ou curso devem entrar no seu orçamento. Assim como as despesas variáveis, como os gastos com festividades de final de ano (presentes e viagens).
Fique atento aos contratempos que potencialmente ocorrem. Eletrodomésticos podem quebrar, encanamentos sofrem falhas, entre outras desagradáveis surpresas que podem ocorrer. É importante você estar preparado para lidar com essas despesas a mais.
3. Evite gastos desnecessários
Sabemos que ter o seu próprio dinheiro é a chance de comprar o que quiser, inclusive, de saciar aqueles impulsos que surgem assim que você vê um anúncio ou algo na vitrine.
Por isso, duas coisas são necessárias: primeiro, o autocontrole. Segundo, saber que há uma diferença entre aquilo que você deseja e aquilo que é necessidade. Ter isso bem definido é a chave para fazer as escolhas corretas.
Além do mais, se aquilo que você deseja é tão importante assim, você pode guardar o dinheiro e comprar em um momento mais oportuno em vez de adquirir a prazo, por exemplo, e ter que arcar com parcelas e juros por um longo período.
Outra dica é evitar fazer compras quando estiver cansado, pois o nosso cérebro se torna indefeso e tende a ser mais impulsivo. Procure estar bem descansado quando sair para as compras e, principalmente, tenha em mente o que é necessário comprar.
4. Crie o hábito de poupar
Aquela expressão: quem guarda, tem, pode parecer até óbvia, mas é verdade. E se você está acostumado a atender todos os seus impulsos vai achar bem difícil guardar aquela quantia que sobrou no final do mês.
Pode doer agora, mas no futuro você vai perceber o quão importante foi ter iniciado essa poupança, principalmente, quando surgirem imprevistos (você se lembra do encanamento?).
O mais importante é não ver o hábito de poupar como um tormento. Uma dica é considerar essa quantia como uma despesa fixa e guardar o valor assim que você receber o seu salário. Isso evita que você gaste todo o seu dinheiro e não tenha nada para o final do mês.
Algumas condutas podem te ajudar a ter mais dinheiro, por exemplo, procure fazer refeições e confraternizações em casa e vá ao cinema em dias de ingressos mais baratos. Entenda que se privar agora de alguns luxos é a garantia de evitar perrengues no futuro.
5. Estabeleça metas
Até agora nós só falamos de não gastar com isso ou com aquilo, poupar, mudar hábitos etc. Pois bem, algumas atitudes são difíceis no início, mas a longo prazo trazem grandes resultados.
Uma coisa que pode te ajudar a ter um estímulo para mudar é estabelecer metas para as suas finanças. Afinal, é meio difícil guardar dinheiro apenas por guardar, não é?
Aqueles 20% que comentamos pode ter um destino certo. Por exemplo, uma viagem, um curso, a sua aposentadoria ou quem sabe a compra do seu imóvel.
Saber o porquê de estar juntando esse dinheiro é um incentivo para não gastar com coisas supérfluas, afinal você tem um objetivo maior.
Esperamos que com essas dicas você possa administrar a sua independência com tranquilidade. Controle os gastos, economize e faça investimentos para obter segurança econômica. Estabeleça metas e tenha disciplina para alcançá-las.
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