O seguro-desemprego é um benefício oferecido para empregados (contanto que eles cumpram alguns requisitos) que são demitidos dos seus trabalhos. Durante certo tempo, essas pessoas recebem um valor, proporcional ao salário que obtinham quando eram empregadas, para conseguirem se manter enquanto procuram por uma recolocação no mercado de trabalho.
Contudo, por se tratar de um benefício de caráter provisório, elas acabam errando na administração desse recurso e passam por momentos de dificuldades financeiras graves que podem atrapalhar na busca por novas oportunidades.
Por isso, no post de hoje, reunimos 7 dicas de controle financeiro para que você possa administrar os valores recebidos a título de seguro-desemprego da melhor forma, obtendo mais tranquilidade e mais qualidade de vida durante esse período. Continue a leitura e confira!
As mudanças no seguro-desemprego
Antes de começarmos a mostrar as dicas, é preciso você estar ciente de que as regras do benefício mudaram nos últimos anos. Sendo assim, convém estar atento a elas antes mesmo de realizar a solicitação.
Para facilitar o entendimento, separamos os critérios em dois: o primeiro é o temporal, ou seja, tem relação com o período, o tempo de trabalho e a solicitação do benefício; e o segundo está relacionado a questões legais que o solicitante deve preencher para ter direito ao seguro-desemprego.
Os critérios temporais são:
- na primeira solicitação, 12 meses consecutivos de carteira assinada, isto é, sem ter sido demitido;
- na segunda, 9 meses de trabalho consecutivos no emprego mais recente;
- a partir da terceira solicitação, 6 meses de registro profissional.
Quanto aos critérios legais para que um trabalhador possa gozar do benefício estão:
- demissão sem justa causa;
- não receber qualquer outro benefício trabalhista paralelamente ao seguro-desemprego;
- não ser sócio de empresa (isto é, possuir qualquer tipo de registro com CNPJ), mesmo que possua participação minoritária.
O governo federal instituiu essas regras com o objetivo de reduzir o número de segurados, principalmente aqueles que trabalham em atividades sazonais e são demitidos em determinado período do ano; bem como aqueles que trabalham apenas por determinado período para solicitar o benefício e ficar parado durante um tempo.
Além disso, é importante saber que o número de parcelas também foi alterado. Atualmente, o segurado tem direito a receber o benefício durante 3 a 5 meses.
As 7 dicas financeiras de controle financeiro para aplicar no seguro-desemprego
Entendidas as normas que regem o seguro-desemprego, passamos para as dicas. Com elas, você poderá obter um melhor controle sobre seu dinheiro no período em que se encontrar afastado de um trabalho formal. Vamos a elas!
1. Esteja ciente da sua situação
Antes de qualquer decisão, você precisa analisar cuidadosamente sua situação. Existem casos em que as pessoas ficam desesperadas frente a uma demissão e acabam tomando ações extremas de forma inconsciente e desnecessária.
Da mesma forma, existem aquelas que negligenciam as finanças, achando que tudo se encontra bem e não tomam as ações necessárias para organizar os gastos mensais. Portanto, é fundamental você verificar sua situação com cautela e consciência.
2. Trace um planejamento
Após a análise do cenário financeiro real, é chegado o momento de planejar. Em se tratando de seguro-desemprego, essa ação pode ser bem simples, uma vez que você saberá exatamente quanto vai receber por mês e o tempo de duração do benefício.
Assim é possível estabelecer metas financeiras bem definidas, desde o início do recebimento do seguro até o seu término, quando você, preferencialmente, já estará recolocado no mercado de trabalho.
3. Estabeleça prioridades
O valor máximo que uma pessoa pode receber a título de seguro-desemprego é R$ 1.643,72 (valor atualizado para o ano de 2017). Sendo assim, pode surgir a necessidade de você ter que estabelecer algumas prioridades durante o período do benefício, principalmente se você tem família para sustentar.
Sabemos que o valor é baixo, portanto é importante averiguar se existem gastos que possam ser substituídos, como cursos extras, escola particular, academia, entre outros.
4. Reduza ou suprima gastos supérfluos
Quando se menciona o estabelecimento de prioridades, não há como deixar de citar a redução ou eliminação de gastos supérfluos. Aqueles como saídas de fins de semana, compra mensal recheada de alimentos desnecessários, festas e viagens devem ser repensados e, até mesmo, se possível, suprimidos.
É necessário lembrar que o valor mensal será limitado e se você não tomar ações incisivas, pode ser que toda a saúde financeira de toda família seja prejudicada. Para que você não desanime, pense que essa restrição é temporária e que você poderá voltar a gastar dinheiro com lazer e diversão assim que se restabelecer no mercado.
5. Evite o crédito desnecessário
Uns dos maiores vilões para pessoas que estão recebendo o seguro-desemprego podem ser o crédito fácil (principalmente aqueles crediários de lojas) e o cartão de crédito. Não estamos afirmando que você não deve utilizar esse tipo de serviço, no entanto é preciso verificar o que realmente é necessário e saber prevenir alguns tipos de gastos.
É pertinente mencionar que esse tipo de crédito facilitado proporciona uma falsa sensação de poder de compra às pessoas, o que pode ser fatal para alguém que depende temporariamente do seguro-desemprego para sobreviver.
Porém, em muitos casos, um empréstimo pode ser interessante, como por exemplo nos casos de trocar dívidas mais caras por mais baratas, quitar alguma dívida atrasada ou até mesmo a necessidade de um recurso emergencial.
Caso você chegue a conclusão que um empréstimo é importante para seu momento atual, opte por empréstimos com juros mais baratos, tais como:
- Empréstimo com veículo em garantia: recomendável para quem possui um carro quitado e está precisando de empréstimo na faixa entre R$ 5 mil a R$ 100 mil
- Empréstimo com imóvel em garantia: recomendável para quem possui um imóvel quitado e está precisando de empréstimos com valores acima de R$ 100 miil
- Empréstimo Saque Aniversário FGTS: recomendável para quem possui saldo disponível do FGTS e precise de pouco dinheiro com juros baixos
6. Renegocie dívidas antigas
Ao mencionar que o crédito é um vilão das finanças pessoais de quem recebe o benefício do seguro-desemprego, estamos nos referindo às dívidas desnecessárias e dispensáveis. Contudo, existe um tipo de crédito que pode ser seu aliado durante esse período.
A renegociação de dívidas, mesmo aquelas que estão em dia, pode proporcionar parcelas menores com juros reduzidos, contribuindo para que suas despesas mensais sejam diminuídas e você possa utilizar o restante do dinheiro para arcar com outras necessidades básicas do seu planejamento financeiro.
Além disso, você pode optar por uma modalidade de empréstimo com garantia e obter excelentes taxas de juros e bons prazos para pagamento. Isso certamente contribuirá para a redução das despesas enquanto durar seu benefício e, posteriormente, quando você estiver empregado novamente.
7. Trace estratégias para redução de custos com a família
A participação da família nas estratégias financeiras é determinante para que você consiga organizar os gastos e os recebimentos obtidos por meio do seguro-desemprego.
Desta forma, eles devem participar ativamente de todas as ações que mencionamos neste artigo, desde a análise da situação, passando pelo planejamento e, especialmente, o estabelecimento de prioridades e redução de custos.
Quando toda a família está unida em prol de um propósito maior, tudo fica mais fácil. Neste sentido, você certamente conseguirá passar pelo momento de desemprego, com o auxílio do benefício, de forma mais tranquila e, assim, ter a mente livre para buscar novas oportunidades no mercado de trabalho.
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