- 20 de julho de 2019
- Posted by: Charles Uhlmann
- Category: Empréstimo para Empresas
O fluxo de caixa é um dos indicadores financeiros mais importantes para mensurar os resultados de um negócio e analisar a sua saúde financeira. Afinal, é essencial controlar tudo o que entra e sai do seu orçamento empresarial a fim de identificar claramente as áreas que estão tendo mais despesas e as principais fontes de receita da sua organização. Existem vários tipos de fluxo de caixa. Você sabe quais são eles?
O fluxo de caixa é usado pelas instituições para realizar a contabilidade de receitas e despesas durante um dado período. A grande maioria dos gestores o utiliza para analisar a saúde financeira do negócio. Em uma residência, é necessário separar as receitas das despesas para assegurar que o salário será suficiente para pagar as contas fixas, como água, luz, gás, entre outras. Em uma instituição, é bem parecido, a diferença é que há vários tipos de fluxo de caixa.
Neste post, abordaremos os principais tipos de fluxo de caixa. Confira!
Operacional
O fluxo de caixa operacional realiza apenas o levantamento das despesas e receitas operacionais da organização em determinado período. Ele contabiliza as movimentações financeiras relacionadas ao pagamento de funcionários e ao abastecimento e manutenção de estoque, por exemplo.
Como seu nome diz, esse tipo de fluxo de caixa envolve somente questões primordiais para a realização das atividades operacionais do negócio. Ele não avalia a necessidade de capital de giro e não leva em conta os investimentos da empresa, nem juros e impostos. Esse indicador é primordial para organizações que ainda se encontram na fase inicial, pois elas não têm uma grande variedade de fontes de receitas e despesas nem uma grande quantidade de dados para verificar.
No seu cálculo, há o Lucro antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR), que mensura os ganhos conquistados pela empresa sob a forma de juros. A sua equação é bem simples:
LAJIR + Desvalorização – imposto do LAJIR
O resultado também pode ser encontrado no relatório anual da companhia.
Projetado
O fluxo de caixa projetado não contabiliza os valores que já foram introduzidos ou obtidos de fato do orçamento empresarial. Esse é um dos tipos de fluxo de caixa que tem como principal objetivo antever despesas e receitas futuras para manter o orçamento da empresa preparado para arcar com os custos e administrar de forma adequada todos os prazos das contas a pagar e a receber.
Analisar o fluxo de caixa projetado é primordial para não ser surpreendido e ver com mais clareza toda a situação das suas finanças futuramente.
Para investimentos
Esse capital pode ser utilizado em títulos, no mercado financeiro, na expansão da empresa, na contratação de novos colaboradores, entre inúmeras outras situações. Quando uma organização apresenta um saldo positivo em seu caixa, não é vantajoso deixá-lo parado. É essencial que os gestores elaborem estratégias para investir o dinheiro excedente.
Esse tipo de fluxo de caixa verifica as movimentações financeiras das despesas de capital e se certifica de que os investimentos estão trazendo os resultados esperados. Se não estiverem, o administrador poderá mudar as aplicações a fim de encontrar uma opção mais benéfica.
Livre
O fluxo livre mensura a capacidade que o negócio tem de gerar capital em curto, médio e longo prazo. Para isso, ele mostra o saldo da comparação com o fluxo de caixa operacional. Assim, o gestor deve recorrer a dois relatórios para realizá-lo: um que projeta resultados para o período de 60 a 90 dias e outro que mostra a estimativa para um período de 2 a 5 anos.
Ele possibilita que o gestor analise o resultado esperado e, em caso de balanço positivo, estude possíveis aplicações para o capital ocioso. Além disso, ele projeta estratégias para mudar o quadro e alcançar a saúde financeira do negócio em situações de balanço negativo. No mais, o fluxo livre determina as medidas mais adequadas para a empresa no futuro — solicitar empréstimos, aumentar o estoque, abrir novas unidades ou, até mesmo, decretar falência.
Direto
Esse fluxo, muito usado no mundo corporativo, é uma das análises de caixa mais comuns. Nele, ficam registrados os recebimentos e pagamentos brutos, que são aqueles anteriores aos descontos. Seu principal benefício é o fato de registrar as movimentações em diversas categorias, que são determinadas conforme a natureza contábil, como recebimentos de clientes, tributos, duplicatas descontadas, contas a receber, encargos sobre empréstimos etc.
Essas categorias ficam disponíveis para o gestor diariamente, auxiliando no estudo sobre a saúde financeira e otimizando a tomada de decisões.
Indireto
Esse tipo de fluxo não é baseado na análise dos fluxos de caixa, mas, sim, nos prejuízos e lucros indicados no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), ajustados por itens econômicos como amortização, depreciação e mudanças nas contas patrimoniais. Não é necessário que o empresário tenha um controle do fluxo para conseguir realizá-lo.
O fluxo indireto utiliza os balanços patrimoniais relativos ao DRE, ao início e ao final do período e outras informações contábeis. Seu cálculo é bem simplificado, porém, ele está sujeito a grandes distorções.
Descontado
Esse fluxo é uma ferramenta essencial para determinar a valorização da empresa, pois projeta as riquezas que ela produzirá no futuro. Ele gera uma projeção de fluxo de caixa, mas desconta valores com os custos de capital, que são os riscos que serão assumidos por investidores.
O fluxo de caixa descontado é muito utilizado nos processos de fusão, compra e venda de ações ou cotas das empresas, compra e outras técnicas de reorganização empresarial.
Os diferentes tipos de fluxo de caixa são essenciais para manter o controle financeiro da organização e equilibrar as contas, mas os seus processos de elaboração podem ser muito complexos. O ideal é utilizar um software de gestão para gerar planilhas, gráficos e relatórios exatos, transparentes e de fácil compreensão. É primordial registrar todas as movimentações de entradas e saídas no seu orçamento todos os dias, por mais que os valores referentes a elas sejam baixos.
Você conseguiu compreender quando cada fluxo de caixa é utilizado? Então aproveite a sua visita ao nosso blog e leia também “Os 6 principais erros do planejamento financeiro da sua empresa” para saber mais sobre o assunto!
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