Sumário
O retrospecto positivo do mercado imobiliário é animador e gera otimismo em relação às tendências para 2023. A previsão é de um crescimento superior ao que está sendo projetado para a economia nacional, com a expectativa de aumento na geração de negócios e criação de novas oportunidades profissionais.
Mesmo com o mercado imobiliário brasileiro enfrentando um cenário de juros altos, com a taxa Selic iniciando 2023 a 13,75% ao ano, as expectativas são de estabilidade no crescimento neste ano.
Então, se você tem o objetivo de adquirir um imóvel, pode começar a vislumbrar essa possibilidade. Mas antes, vamos ajudá-lo a entender o que é um financiamento imobiliário e como é realizado esse processo. Acompanhe!
O que é o processo de financiamento imobiliário?
Dito de maneira simples, um crédito imobiliário visa dar ao comprador a opção de pagar uma moradia em diversas parcelas, que podem ser fixas ou não, no decorrer de alguns anos.
Nesse processo, as instituições financiadoras constroem um programa com base no perfil de cada tipo de consumidor. Para isso, os interessados precisam se encaixar nas regras estabelecidas para a concessão do crédito, como:
- renda mensal;
- valor mínimo da compra;
- taxas de juros;
- tipo do imóvel;
- limite de crédito.
A procura por esse tipo de transação é maior na atual crise financeira enfrentada pelo nosso país. Por outro lado, os bancos que concedem o crédito imobiliário ficam mais cautelosos e exigentes na liberação do empréstimo.
Algumas pessoas que não estão sofrendo com os abalos desse cenário econômico, entretanto, fazem financiamentos de imóveis como uma forma de investimento. Alguns financiam uma moradia e a alugam, por exemplo. Com esse dinheiro, eles pagam o valor das parcelas e, no fim, conquistam um patrimônio que lhes proporcionam uma renda extra.
Contudo, a maior parte dos interessados nesse tipo de contrato quer mesmo é comprar o seu próprio imóvel.
Como é feito o financiamento imobiliário?
Os financiamentos imobiliários podem ser realizados em bancos públicos ou privados. Além disso, é possível conseguir crédito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o pró-cotista do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em cada uma dessas modalidades há requisitos que precisam ser preenchidos pelos solicitantes. Cabe ressaltar que, antes de conceder qualquer valor para um financiamento, os bancos seguem algumas etapas básicas. São elas:
- a entrega de documentação solicitada;
- a análise de crédito;
- a avaliação do imóvel;
- a assinatura de contrato;
- o registro do imóvel no cartório competente.
Quais documentos são exigidos para o financiamento?
Uma das fases mais minuciosas e complexas do financiamento imobiliário é a entrega de documentos. Afinal, é uma grande quantidade de papéis que precisa estar dentro dos padrões do banco cedente.
Caso contrário, o processo é interrompido e pode até ser cancelado. Para evitar isso, separamos, na sequência, alguns documentos exigidos pelas instituições financiadoras.
Documentos dos compradores
Pessoa física
Caso o interessado no financiamento seja uma pessoa física, serão exigidos os seguintes documentos:
- CPF;
- RG;
- certidão de nascimento ou de casamento;
- comprovante de renda atualizado;
- certidão conjunta de débitos de tributos federais.
Aqueles que desejam utilizar o FGTS para conseguir o financiamento devem apresentar:
- extrato datado, carimbado, atualizado e original do FGTS, expedido por uma agência da Caixa Econômica Federal;
- cópia de um comprovante de residência dos últimos três meses;
- cópia da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
- cópia da última declaração do Imposto de Renda (IR);
- no caso de uma pessoa casada, é necessária a última declaração do IR do cônjuge.
Pessoa jurídica
Já na hipótese da requisição do financiamento ser feita por uma empresa, os documentos obrigatórios são:
- Contrato Social ou Estatuto Social atualizado com as recentes alterações contratuais e estatuárias;
- Certidão Negativa de Débitos com o INSS;
- Certidão de Quitação de Tributos Federais (CQTF);
- Cerificado de Regularidade do FGTS (CRF).
Documentos dos vendedores
É importante estar atento também aos documentos que precisam ser apresentados pelo vendedor do imóvel. Vamos a eles:
Pessoa física
- CPF;
- RG;
- certidão de nascimento ou de casamento;
- declaração de profissão;
- Certidão Conjunta de Débitos referentes aos tributos federais.
Pessoa jurídica
- cópia da Certidão Negativa de Débito (CND);
- carta com assinatura reconhecida em cartório dos representantes da empresa;
- cópia do Contrato Social ou Estatuto Social consolidado e registrado na junta comercial;
- cópia da Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais (CCN);
- ata de eleição da diretoria registrada na junta comercial, no caso de empresas que possuem apenas o Estatuto Social.
Além desses documentos das partes envolvidas na negociação, é preciso apresentar alguns comprovantes relativos ao imóvel que será comprado.
Imóvel usado
Vejamos, a seguir, o que é exigido para a aquisição de um imóvel usado:
- certidões negativas de débitos relativos ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);
- certidão vintenária (20 anos) com negativa de ônus atualizada;
- no caso de residência em condomínio, certidão negativa de débito condominial;
- título de propriedade registrado;
- certidão negativa de ônus reais;
- cópia do boleto com o pagamento da Taxa de Cadastro e Avaliação (TCA);
- opção de compra e venda corretamente preenchida de forma legível, datada e assinada pelas partes do contrato;
- caso o imóvel seja financiado por outro agente bancário, deve-se apresentar a declaração de saldo devedor para a nova instituição financiadora.
Imóvel novo
A documentação para aquisição de uma moradia nova difere pouco da usada. Confira a listagem:
- registro de título de propriedade;
- certidão negativa de ônus reais;
- certidão negativa de IPTU;
- registro de ações reipersecutórias e alienações;
- registro de pagamento do TCA;
- averbação da construção no Cartório de Registro de Imóveis;
- alvará de utilização ou “Habite-se”;
- planta baixa;
- certidão enfitêutica;
- opção de compra e venda preenchida;
- Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do engenheiro responsável pela obra.
Vale a pena financiar um imóvel?
Antes de tomar a decisão sobre o financiamento é essencial avaliar se essa opção é, de fato, interessante. Uma análise detalhada das características permite saber se essa alternativa é a melhor para você.
Não existe uma resposta única e que sirva para todas as pessoas. Em vez disso, é essencial considerar suas exigências, preferências e necessidades. Desse jeito, você consegue agir da maneira mais adequada para o seu bolso e para o seu patrimônio.
Avalie os juros
Todo financiamento tem uma taxa de juros. Ela varia com as condições do mercado e com o histórico de crédito de cada cliente. Quando os juros da economia estão altos, os juros de todas as operações são maiores.
Então, não é o melhor momento para fazer um financiamento, já que os valores são muito elevados.
A situação contrária envolve estímulo ao consumo e abertura de crédito. Nesses casos, o financiamento não vai custar tão caro.
Além disso, o seu perfil de crédito influencia os custos. Se você mantém um bom histórico de pagamentos e não tem dívidas pendentes, os juros caem.
Valor de entrada do financiamento imobiliário
Também é indispensável considerar o custo inicial. Ele é necessário porque o financiamento, normalmente, não cobre todo o preço do imóvel.
Por causa disso, é preciso dar uma entrada que pode variar de 10 a 50%, em alguns casos. Ao conhecer esses números, é possível preparar o orçamento.
No geral, oferecer um valor inicial maior é válido para conseguir melhores condições de juros e parcelas menores. Ainda é algo que diminui a incidência dos juros, o que favorece a avaliação final.
Considere as condições do financiamento
Além de tudo, é indispensável compreender quais são as condições para concessão do financiamento. Ou seja, o objetivo é descobrir o que a instituição financeira estabelece como exigência para a aquisição.
Algumas instituições determinam que somente quem não for proprietário de um imóvel pode fazer um financiamento. Outras estabelecem valores máximos e mínimos de compra, características específicas e até localização.
Em vários casos, essas restrições não se encaixam nas demandas, o que gera menos conveniência na hora de contratar.
Considerações finais
O financiamento imobiliário é uma alternativa interessante para adquirir um imóvel, de maneira planejada e a prestações.
Com a análise das características específicas de cada oferta você pode selecionar o que fizer mais sentido para as suas necessidades.
Por falar em soluções financeiras, a Quero Financiar é uma empresa especializada em empréstimos, com taxas e prazos mais atrativos que outras opções do mercado.
O que achou de nosso artigo? Conseguiu entender quais são os documentos necessários para fazer um financiamento imobiliário? O que acha de contar com especialistas na hora de comprar o seu imóvel? Então, entre em contato conosco!