- 9 de julho de 2019
- Posted by: Charles Uhlmann
- Category: Preciso de Empréstimo
Quando a situação financeira sai do controle, é comum ouvir casos de pessoas que optam por pegar dinheiro com agiota para tentar contornar a situação e sair do sufoco. Essa prática, no entanto, não é recomendável, sendo, inclusive, um crime previsto em lei e, em alguns casos, muito perigoso para quem recorre ao emprestador.
Neste artigo, vamos falar sobre o tema e mostrar como a agiotagem funciona, seus riscos e consequências e as alternativas para quem precisa de um empréstimo rápido, mas que esteja dentro da lei. Quanto mais informação o consumidor tiver, mais conscientes serão suas decisões, evitando, assim, muita dor de cabeça e riscos. Para saber mais, convidamos você a continuar a leitura!
Como funciona a agiotagem?
O agiota é uma pessoa que empresta dinheiro na informalidade, ou seja, fora do sistema adotado por bancos e/ou instituições financeiras. No geral, quem recorre à agiotagem são pessoas que estão em situação financeira crítica, que precisam de dinheiro rápido e que não conseguem recorrer aos meios tradicionais por estarem endividadas ou com restrições em seu nome.
Em um primeiro momento, a “ajuda” de um agiota pode parecer uma boa ideia, porém, é preciso ficar atento, pois essa prática não só pode custar muito caro, como também pode se mostrar muito perigosa, dependendo do perfil do emprestador.
Quais são os riscos envolvidos?
Pegar dinheiro com agiota é uma prática que apresenta diversos riscos, que nem sempre são considerados pelas pessoas na hora de tomar essa decisão.
Eventualidades podem acontecer com qualquer pessoa, porém, mesmo em momentos de desespero, é preciso tomar decisões bem pensadas, a fim de evitar problemas maiores e, até mesmo, de colocar em risco não só a própria integridade como a de toda a família. Confira alguns riscos de se pegar dinheiro com um agiota a seguir.
A agiotagem é crime
A primeira questão grave ligada à agiotagem é que essa prática é crime contra a economia popular. De acordo com os termos presentes na alínea “a”, da lei 1.521/51, em seu artigo 4º, quem praticar a agiotagem pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de prisão.
A atividade também pode ser considerada um crime contra o sistema financeiro, já que o agiota atua por conta própria e sem a regulamentação do Banco Central do Brasil. Nesse caso, a pena estipulada pela lei 7.492/86, no artigo 7º, é de 2 a 8 anos de prisão e multa.
Os agiotas cobram altas taxas de juros
Como a prática da agiotagem não segue as determinações legais, os juros cobrados pelos agiotas são muitos altos, podendo chegar a 40% ao mês. Como essa é uma taxa abusiva, a possibilidade de a pessoa não conseguir pagar é muito alta, o que faz com que seja preciso fazer novas renegociações e a dívida cresça cada vez mais.
Não existe respaldo de nenhum órgão regulamentador
Quando ocorre alguma ilegalidade relacionada a negócios feitos com bancos, empresas e instituições com funcionamento legal, o consumidor pode recorrer a órgãos de proteção, como o Procon ou o Banco Central.
Quando o negócio é feito com um agiota, no entanto, essa possibilidade não existe, já que o negócio foi executado à margem da lei. A consequência é que, caso ocorra qualquer emergência, a responsabilidade de resolver fica entre o emprestador e o indivíduo.
Claro que é possível procurar ajuda policial, porém, nem todas as pessoas estão dispostas a fazer a denúncia do crime e indispor-se ainda mais com o agiota e com a justiça.
Os agiotas cobram garantias
O agiota pode até não cobrar comprovação de renda na hora de fazer o empréstimo, mas, certamente, ele vai querer uma garantia de pagamento, afinal, ele não tem o objetivo de sair no prejuízo.
Como não há regulamentação, em caso de atraso no pagamento, o agiota pode tomar um bem com valor compatível ao da dívida, como carro, moto, eletrodoméstico etc.
As cobranças de pagamento podem ser perigosas
Esse é um ponto que merece bastante atenção quando se fala em pegar dinheiro com agiota, já que, muitas vezes, em caso de atrasos, o credor pode usar algumas táticas, como perseguições, ameaças e, até mesmo, agressões.
Ele usa esse tipo de prática para amedrontar o devedor e forçar que ele faça o pagamento a todo custo. Como essa é uma prática à margem da lei, as pessoas têm receio de procurar autoridades policiais e fazer a denúncia e, com isso, acabam por se tornar reféns do agiota.
Como conseguir dinheiro emprestado rápido e de modo lícito?
Por mais desesperadora que a situação pareça, existem formas de empréstimos que devem ser evitadas. Para isso, separamos alguns meios legais pelos quais é possível conseguir um empréstimo rápido e de acordo com a lei. Confira!
Empréstimo com garantia de veículo
O empréstimo com garantia de veículo é uma modalidade de crédito, em que o veículo quitado do cliente é usado como assegurador de pagamento na hora da negociação. É possível obter até 80% do valor do veículo no empréstimo, que, por ter um garantidor de pagamento, apresenta menores taxas de juros.
Empréstimo com garantia de imóvel
Quem tem um imóvel também pode usá-lo na negociação do seu empréstimo. As vantagens dessa modalidade são as taxas de juros mais baixas, a segurança e a rapidez na hora de obter o dinheiro. Outro ponto importante é o prazo de pagamento, que proporciona maior tranquilidade, principalmente em momentos de adversidades.
Quem tem o nome negativado precisa procurar seus credores, renegociar suas dívidas e regularizar sua situação o mais rápido possível, afinal, esse é um grande empecilho para se obter crédito rápido nos momentos em que a pessoa mais precisa.
Agora que você já sabe os perigos e as desvantagens de pegar dinheiro com agiota, pode ter consciência dos problemas envolvidos e optar por meios legais de resolver transtornos financeiros. Lembre-se sempre de que o ideal é manter as contas sob controle e evitar o tão temido endividamento, porém, se isso acontecer, é preciso decidir o que fazer com clareza e estratégia.
Gostou do conteúdo? Então, confira outro artigo do nosso blog e saiba se é vantajoso pegar um empréstimo para quitar dívidas.
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